domingo, 11 de julho de 2010

divagaciones [irrfahrt]

1. Um cartaz pelas ruas: 


Menos morte nos jornais
e mais arte (mais vida) noticiada !


1.1. Ou serão os assassinatos as únicas obras cultuadas
(ou compreendidas) pelos jornalistas?
E quanto mais cruéis, mais valiosas e duráveis no mercado deles.


1.2. Se o cartaz fosse atendido,
talvez até mesmo os assassinos deixariam de matar,
já que não apareceriam mais na televisão.
Talvez eles virassem até artistas,
mesmo que fosse só pra aparecer.


1.3. Vice-versa, lembrei dos desenhos de Hitler.
Se a escola de belas artes alemã fosse mais compreensiva...















2. Depois de assistir ao filme indiano "Quem quer ser um milionário?",
fiquei feliz em descobrir que a Bollywood meteu a Hollywood
no bolso.


2.1. Como será o primeiro filme indiano 3D?















3. A década de 20 (para o século de cada um)
é aquela em que se costuma escolher um par.
[ou resignar-se à solidão (os escritores niestzcheanos a adoram...)]


3.1. Cada tentativa neste sentido, da escolha do par,
é todo um mar de carícias e confrontos.















4. Ler filosofia sempre me atiça. Sobretudo estas do século passado,
quando descobriram que a linguagem é um jogo.


4.1. Coube-lhes inventar modalidades:
o jogo da linguagem com ela mesma, para ver o que diz.
o jogo da linguagem desesperada, em fragmentos aporéticos e gritantes.
o jogo da linguagem inventando-se, para poder dizer.


4.2. Os filósofos tiveram então que abrir, de vez, a sua cidade
aos poetas. Aprender com eles invés de expulsá-los.






Um comentário:

  1. talvez o certo seja, na frase conclusiva: "aprender com eles ao invés de expulsá-los"

    mas o poeta deveria se preocupar?

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