terça-feira, 16 de outubro de 2012

hà cuantas uma nau que esta partindo e um povo que esta onde mudanças se è para o bem vindo assimseja!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Artoff Noie | primeira criação


Clique para ouvir  :     Artoff Noie     ;  Poema XIX, Vallejo (cello, synth e voz)


A trastear, Hélpide dulce, escampas,
cómo quedamos de tan quedarnos.

Hoy vienes apenas me he levantado.
El establo está divinamente meado
y excrementido por la vaca inocente
y el inocente asno y el gallo inocente.
     
Penetra en la maría ecuménica.
Oh sangabriel, haz que conciba el alma,
el sin luz amor, el sin cielo,
lo más piedra, lo más nada,
hasta la ilusión monarca.

Quemaremos todas las naves!
Quemaremos la última esencia!

Mas si se ha de sufrir de mito a mito,
y a hablarme llegas masticando hielo,
mastiquemos brasas,
ya no hay dónde bajar,
ya no hay dónde subir.

Se ha puesto el gallo incierto, hombre.



sexta-feira, 6 de maio de 2011

a inquietude vai da raiz dos cabelos ao dedo mindinho, passa pelo ar que sai da boca, coça-lhe as narinas e urra como se fosse um grito de adeus.

a inquietude surge dum corpo imóvel, que se lança de encontro com outro corpo, notando-se o vazio.

a inquietude desnuda-te como se outrora pedisse abrigo.

a inquietude é o silêncio tomando forma.

a inquietude é palavra bela, muitas vezes confundida com a dor.

dor e dor, amor.

a inquietude é um jovem balançando numa rede. é o alvo acertado, feito flechas em miras em partículas atômicas.

a inquietude é a calmaria abrindo a janela para ver o céu!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Poema i

No meio da tarde de inverno

Tive um sonho como uma fotografia

Vi meu menino de todas as horas

A cantar as dores e a amedrontar

Outros tantos meninos.

Tinha voltado ao meu lado

Era uno, era tríade, era par.

Catávamos moedas de chocolate

Cantávamos músicas que até hoje nem sei.

Ele me ensinou a sentir o gosto das coisas

E a fumar o verde para relaxar.

Cortou fundos de copos para assustar criancinhas

E sorriu quando eu contei-lhe histórias de amor,

Falou mal de Deus

Dizia-me que era um velho demente

Que só existe na cabeça das outras pessoas.

"Ele diz(ia) por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."

Depois partiu pr’alguma Paraíba

Ou nem mesmo veio

(apenas em meus sonhos)

A cutucar-me as memórias.

Essa é a história do meu menino

Que não é Jesus

Que não é de Caeiro

Que não é de Maria

Que não é de ninguém.

alcântara .

terça-feira, 29 de março de 2011

Cu Solícito

um auto-retrato cu.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

não me equiparo a poetas. eles usam barba e são todos homens gigantes. equiparo-me a passarinhos, tenho pena nos ouvidos e contemplo o azul como sonho maior.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

UNICOVERSO

Não me estilhaço por poucos pedaços
não anteparo os sombrios mistérios da mutação
Incorporar um destino me é tão familiar
que sou univovivendo

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

AVISO AOS NAVE(I)VANTES

TEMPOS NOVAMONOS

Quero o acaso
quebro a cara
viro caco
quebro ocasco
a casca do ovo
rompe
renasço em bagaço
me viro ao avesso
retomo opé
em descompasso
parto
, farto d etanta injúria,
descubro um vasto mundo no estranho
escuro
desdobro o aço
fornalha de mil partes
e forneço ao vício uma nova utilidade
salto o cadafalço
desarmado rasgo a pele
risco um traço

troco um
(trago)
um gole

revivo um parto
parte em parte
vivo - morro - vivo
diadia dia dia
em desacarte.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

em espécie diarístico
dia 1 - flagrado em cena de crime, por câmeras autônomas dirigidas por Homens - em um supermercado qualquer da Grande San Paolo. Não declarei no imposto de renda um queijo e uma manteiga - latcínios (recomendado pelos nutricionistas para uma dieta saudável (fonte de cálcio e proteínas))problemas com a lei.
dia 2 - Autropelado por veículo longo mantenha distância, as câmeras desta vez não flagraram, estávamos a menos de 60. lesão no pulso esquerdo.
dia 3 - Em passeio descompormissado, leve furto na casa das rosas - Pau Brasil; para celebrar, acabei parando em um coquetel de abertura da exposição em homenagem a Regina Silveira - salgadinhos: bolinha de queijo, croquete, e quiche (realmente, tudo Kitsch - poucos viram a a exposição, mas saíram satisfeitos) e também champanhe.
cheguei em casa bem. A ironia da vida é foda. as demais, passam as 21 nas redes dos globos.

sábado, 4 de setembro de 2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

una carta

outrora louco
    um poeta sem livro
hoje em auto-análise
    um hermeneuta
...

qué se pasa, hermano?


ah, se todos tivessem, em cada lugar do mundo, uma varanda (uma janela, uma porta) onde se pode fumar e ver céus e construções e homens, pássaros, mulheres.


penso em escrever muitas coisas, mas a vida não deixa
tanto
ou muito.
tudo é escrevível, tudo é fotografável. e pede para que o seja (?
(ou eu peço ? ou me pediram
ah, você pediu. vos.

tudo parece ser escrevível, pelo menos até o momento em que um finalmente pára para escrever.

nunca tinha contado as 16 faixas, ainda que as atravesse todos os dias. estou quase na esquina da 9 de julho,
ao lado da avenue de mayo. donde de uno lado se ve la casa rosada
y del otro la torre del congreso de la nación. la Ciudad.
se caminho calmamente, não chego a atravessar as realmente 16 faixas antes que o sinal feche.
e fica o sinalzinho do pedestre piscando em vermelho. falta uma música do anton webern (melhor assim...).
esperar mais carros passarem todavia não me preocupa. há uma estátua do quixote, há o obelisco, há tudo.
e quando estou apressado, com hora marcada para encontrar as grandes cabeças femininas que
há muito estudam a literatura hispano-americana, sempre atravesso as faixas com a velocidade adequada
e sigo.

esse círculo impressionante que uma língua cria, para além de qualquer fronteira política.
ela
o
é.

andando pela 9 de julho à noite para comprar uma pizza de mussarela por 12 pesos com 50
fui abordado por um chico que queria la plata, la plata
toda aquela tensão, dei 40 pesos pra ele e saí fora. fui comer, tremendo de adrenalina, mas tranqüilo.
qualdo voltava, lá estava ele de novo, com sua chica, e me disse de longe: gracías!

o sol não está sorrindo, na verdade. mas tem olhos, boca, é muito gracioso.
vi uma em que o sol era bordado a ouro (quase, não sei, brilhava muito), era uma obra de arte.
o nacionalismo desse povo (ou dessa cidade) me faz achar ainda mais medíocre quando os brasileiros compram as banderinhas de plástico a cada quatro anos, para torcer pelo Brasil...
por acaso, voltando do Instituto de Literatura Hispano-Americana, estava uma manifestação
na Plaza de Mayo dos funcionários de uma empresa de internet que o governo está querendo fechar.
de repente, passa um coletivo com dezenas de bandeiras da Argentina tremulando, braços para fora.
e nunca soube para onde eles iam, porque não desceram ali...
a bandeira parece que realmente representa o povo e não o estado.
mas como podemos nós realmente, conscientemente usar, numa manifestação política, numa passeata,
uma bandeira que diz Ordem e Progresso...............................................

quando escrevi no post "bonzares" que ainda falam em crise aqui, como no Brasil do passado,
hoje isso me denuncia como demasiadamente aplacado pelos ventos de otimismo que ventam
em nossa pátria. o clima por aqui realmente não é esse, e as coisas são sérias.
os adolescentes tomam as escolas. a presidência vai de frente contra o Clarín, que é algo como a Globo.
aprovam o casamento gay, e agora já discutem a legalização do aborto.
e no Brasil, hein?
pensei que o Plínio fosse subir nas pesquisas, mas parece que ninguém quer saber de "igualdade social"...
o único jornal que comprei, falava do sucesso de Dilma no Brasil, da importância de seu cabeleireiro
na campanha...

enfim...

vou fazer barba e bigode, que já deve ter um mês que não faço, e dar um rolê. hoje tem um
rockelin club de artistas todos los miércoles de 22 a 04 hs "humano querido" después escenario abierto
entrada gratuita que vou tentar achar onde que é.

se vc tiver lido até o final, um grande abraço.

senão, um beijo.

d.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Entenado em um asterro sanatório
Sofro confulvões menticinais
Expremirentando o radiotivo
Que se entoniza o conscúpio negado.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

bonzares




desde la extraña (e invejável) misión de pesquisar la poesía
por los rincones ajenos,
escribo (una).

ando por las calles y ojo
todo como un loco
(el verbo no existe pero lo creo, pues no hay mira,
en el sentido de que ñ há alvo, por isso ñ posso dizer
ando por las calles y miro
todo como un loco).

ellos me ojan también.
ellos prefieren mecer en la basura a mecer con los otros.
é o que parece ao turista, na primeira noite.
há muitos que mexem no lixo. los niños brincan allá.
y la bandera azul con su bello sol sonriente está en todo.
vieja, doblada, sucia, pero allá, allí, acá.
la identidad... que sería de la gran ciudad si no fueran tantos textos
que vuelan invisibles (ausentes?) por ella.
los nombres de las calles son nombres de autores.
nombres de autores? preguntaría un francés que deconstruye.
(qué importa quién habla? diría beckett)
ah, sí, importa, importa quién habla y como habla y de qué lengua y con qué acento.

la ciudad es vieja sus construcciones son llenas de detalles
sus bondes son de todos los colores
sus estatuas tienen pájaros de piedras
y otros de plumas.
y aún hablan en crisis. es como si yo estuviera en el Brasil hace 25 años.
antes que yo hubiera nacido,
muy muy lejos de acá. en el sertón, dice la nueva traducción de rosa.
no el don juan manuel de rosas, pero nuestro rosa.
(nuestro?)
a tradussao é mais legível.

a la playa del congreso busco el porro
y quizás también la merca.
y encuentro la música uruguaya que casi me hace llorar
y trae (traz, ñ trai, pelo contrário, afirma) todo lo que veni hacer acá.
todo? no sé.
es solo el comienzo,
aunque la plata de 1/3 del viaje
ya se fue.