domingo, 1 de agosto de 2010

argumento

Encontrei-o por um acaso - na verdade, este acaso constitui-se no fato de eu mesmo ter deixado ali, no bolso de um casaco.

Este pedacinho de papel em que estão anotados números de telefones.
e como pretendia exatamente me livrar desses papeisinhos nos quais costume anotar toda a sorte de informações, procedi à triagem a fim de certificar-me de que realmente julgava desnecessário arrastar em minha companhia aquele fragmento textual.

E lá, além da além da palavra argila, no verso, que algum dia eu escrevi para que me lembrasse de comprar, e que neste momento somente pôde me lembrar de que eu esqueci, e que talvez por isso, incidente universal, não me tornei um grande ceramista, lá estavam 14 números, correspondendo à 14 pessoas, às quais caso se queira contactar deve-se primeiramente dirigir-se a um aparelho telefônico, devidamente ligado, e, caso seja privado, uqe tenha su aconta paga pelo assinante, discar a sequência numérica de 7 dígitos correspondente, esperar o categórico sinal que está chamando e ao ouvir, do outro lado da linha: - Alô! responder, também com esta saudação e então pronunciar o nome referente, dizendo que deseja lhe falar e não esqueça de ser educado: porfavor, gostaria de falar com fulano de tal!

caso a resposta seja: - não há ninguém com este nome aqui, deve-se agradecer e em seguida desligar o telefone, necessariamente nesta ordem.

Enfim, julguei caso a caso aqueles números, e esta parecia-me ser esta a lógica dos acontecimentos que se sucederiam caso eu arriscasse,

na verdade não haveria riscos, pois haveria a salvaguarda que nos permite o telefone, ao obliterar o contato visual, de sempre sair da cena incômoda com o simples gesto de puxar o gancho ...

bem menos complicado que puxar o gatilho ... experimento de vocação suicida.

imaginei me então encontrando-me ocm cada uma daquelas pessoas.

e imaginei ainda que algumas, após interessante conversa, diram: me passa o seu telefone...
daí veio me a idéia.
Que empolgadamente eu diria os 7 números que tem me acompanhado por um longo período de tempo, e que depois falsmente diria á pessoa que me passesse o que a ela correspondi, para contatos telefônicos, a após despedirmo-nos, e a uam certa distância, ficaria feliz ao me certificar de que o número anotado fosse ainda o que estava no papel, o que me aliviaria da neurótica sensação de ...

enfim, tive a idéia de um conto ...

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